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Linguagem de programação e legado – Linux e processos de execução

Em pleno século XXI, ninguém ousaria dizer que o Latim foi isento de relevância social. "Zenóbia, rainha de Palmira, falava Latim". WATCH TOWER BIBLE AND TRACT SOCIETY OF PENNSYLVANIA. Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados. Preste Atenção à Profecia de Daniel. Cesário Lange. 1999: p, 252.

Não são poucos idiomas que deixaram de existir por completo e, ainda outros, a exemplo do Latim, continuam existindo, mas de maneira praticamente nula. Este processo, de desuso, desatualização e inexistência, acontece com as linguagens de programação também. Isso incidiu com algumas linguagens chamadas Esotéricas (esolang) e poderá acontecer no futuro até mesmo com linguagens de alto nível, como C#, Java, ou qualquer outra.

          Estudar Latim ou aprender Cuneiforme, hoje, não tem sentido algum. É neste ponto que consiste a diferença entre a linguagem de programação e a linguagem falada. O desenvolvimento tecnológico vem acompanhado de vulnerabilidades da segurança da informação. Isso faz com que o legado de linguagens pouco conhecidas, torne-se uma vantagem.

          Quê Cracker direcionaria extrema dedicação para criar um Ransomware exclusivo para Banco de Dados (BD) COBOL? Essa é a grande questão. Ainda existem ótimos programadores em COBOL e são bem remunerados. Estes continuam a manter BDs em setores públicos e privados.

Dado contexto, o Linux torna-se um ícone no quesito segurança da informação por executar processos de forma independente.
Imagine uma casa cercada por seis muros altos, cada um com um tipo de segurança adicional. O primeiro muro tem cerca elétrica e câmeras, o segundo tem arame farpado caco de vidro e assim por diante, o nível de segurança vai ficando cada vez mais complexo.
Um ladrão dificilmente mostraria a determinação necessária para sobrepor tais obstáculos.

É isso o que acontece no Linux e praticamente de forma natural. Exige extremo conhecimento para sobrepor as camadas de execução e, olha que não estou falando sobre um Linux preparado com implementações de segurança.
A maioria das pessoas que necessitam ter ou tem um computador rodando informações importantes, não sabem que o simples fato de colocarem seus dados num computador com Linux, em si, já proporcionaria maior segurança do que depositar tais informações num computador com Windows, mesmo que este esteja com antivírus.
           
      Lembremo-nos que o maior ataque cibernético de toda história, ocorreu no dia, 12/05/2017. As pessoas não fazem a mínima ideia do prelúdio que isso representa. A palavra Ransomware, talvez tenha se tornado um pouco mais conhecida após o ocorrido, entretanto, as pessoas costumam esquecer-se rápido de tais acontecimentos, até mesmo porque a maioria delas não tiveram perdas relacionadas ao fato.
          
        Mesmo assim, isso não quer dizer que o alarme não tenha disparado. Existe uma palavra menos conhecida que Ransomware e, no futuro, talvez ela possa tornar-se célebre. Essa palavra é Backdoor (Porta dos Fundos). No Linux, temos quase que a totalidade das distribuições em código livre, aberto para análise e manipulação das informações. Isso torna difícil que algum código malicioso seja inserido numa distribuição e passe despercebido da comunidade. 

            Em contrapartida, a quantidade de software proprietário disponível é bem mais expressiva e, num mundo onde impera a concorrência capitalista, espera-se qualquer coisa. 

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